Haddad afirma que chegou a hora de regulamentar as apostas esportivas no Brasil

Ministro da Fazenda critica atraso na regulamentação das bets e promete medidas para proteger as famílias brasileiras.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta sexta-feira (27) que chegou o momento de "colocar ordem" no setor das apostas esportivas no Brasil. Haddad destacou que, embora o governo tenha tentado regulamentar o mercado de bets no primeiro semestre de 2023, a medida provisória enviada ao Congresso Nacional acabou perdendo a validade sem ser votada.

Haddad criticou o que chamou de atraso e descaso por parte do governo anterior e do Congresso em relação ao tema, afirmando que o governo Lula fez "tudo o que pôde" para resolver a situação anteriormente.

O que foi dito por Haddad

O ministro garantiu que novas medidas serão implementadas para regulamentar as apostas online. Segundo ele, haverá controle da publicidade, acompanhamento de famílias de baixa renda, e um olhar especial para aqueles que se tornaram dependentes dessas plataformas de apostas.

"Apesar desse enorme atraso e descaso, agora é hora de colocar ordem nisso e proteger a família brasileira. Vamos contar com a participação da sociedade", afirmou Haddad.

Histórico das apostas no Brasil

Haddad também mencionou que o tema começou a ser discutido durante o governo Michel Temer, quando as apostas foram legalizadas. A lei aprovada na época estabelecia que o Executivo teria dois anos para regulamentar o setor, prazo que poderia ser prorrogado por mais dois anos. No entanto, a regulamentação não foi realizada dentro desse período.

Em 2023, o governo de Lula enviou uma Medida Provisória para regulamentar o setor e "organizar o caos" que se instalou com a falta de regulação. Porém, o texto não foi avaliado a tempo pelo Congresso. Haddad agora acredita que o governo está pronto para finalmente estabelecer as regras necessárias para controlar o mercado de apostas esportivas no Brasil.

"A regulamentação foi postergada durante quatro anos no governo Bolsonaro e mais um ano e meio no atual. Apesar do esforço do governo Lula, o tempo chegou e o presidente já tomou as providências necessárias para proteger a população", completou o ministro.